quarta-feira, 12 de junho de 2013

Segunda Alma












Mortificado, 

sombrio e 

mórbido.....

Frio, esquecido no esquife sórdido,

No silêncio da dor e no vazio de alma,

Rodeiam os coros em alto tom destrutivo, 

E não altivo,

E o soprano estridente se liberta da vida...

Disciplinada em partituras impressas e desgastadas,

Porque com ela não combina...

E assim, o corpo observado sem pressa,

Pelos olhos de quem contesta,

A imóvel esperança, agora funesta...

E devolve, com as mãos estendidas,

O pergaminho rabiscado de paixão e ternura,

Sem amargura,

Para a segunda alma que tanto procura,

E devolve a voz àquela alma, 

Outrora muda,

Agora, escancarada e desnuda!



9 comentários:

  1. Olá Dellova, sempre nos surpreendendo com tudo que escreve...Parabéns, muito lindo!!! Beijos amigo!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado Paulinha, na verdade é a vida que nos surpreende bastante né? Ainda bem rs...beijos

      Excluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. Seu texto nesse dia 12 de junho encheu de alma seu blog de Direito, Política e Vinho!
    Você é uma pessoa que encanta!!!
    Gosto muito de você!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Luciana, reconheço em vc uma alma igualmente encantadora...um beijo!

      Excluir
  4. parabens professor pelo texto muito bonito e profundo...

    ResponderExcluir