sábado, 7 de setembro de 2013

Não Engula




















Extraia com a boca o suco,

E para ele dê qualquer rótulo,

Descreva qualquer sabor,

Mas não engula,

Mantenha na sua língua e devolva na minha,

Espalhe pelo meu corpo,

Num mapa de poros que respiram você,

Agora, deixe-me transitar pelo seu busto,

Pela saliência pigmentada tão peculiar,

Deixe-me espalhar o mesmo suco,

Misturado e quente,

Depois roubá-lo de ti para secar-lhe a boca,

Sim, é a sua saliva que quero sorver,

Porque é um suco que não se contém na sua,

Mas na euforia da minha!

4 comentários:

  1. Você cria poemas muito sensuais e coloca claor nas palavras.

    Eu gosto dos seus poemas!

    Luciana Leite

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    1. Luciana, que bom ser lido por pessoas sensíveis e inteligentes! bjo

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  2. ..Texto provocante, não obstante delicado!..Inteligente! Adorei!

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