quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Carnal



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agora é escuro,

Essa música toca minha alma,

Aguardo você, ansiosamente,

Meu corpo está livre,

Não existe pudor,

Minha língua lambe todos os lábios,

Que se fecham em prazer inconsciente,

E a mente cria qualquer coisa,

O corpo se movimenta em prazer sem fluídos,

De aguardo ortodoxo,

Com as mãos entre as pernas,

Sem palavras e ofegante,

Com músculos à mercê de qualquer toque,

De mãos, de boca, úmida com sussurros sem lógica,

Com a sua chegada,

Os lábios afundados nestes lábios maiores,

Com abraços e com salivas espumantes,

Num último encontro de olhos fechados e mente acesa,

Esperançoso com a aparição de saia, vestido e, pernas perfeitas,

Seu sorriso dos mais avassaladores,

Aguardando qualquer gesto de posse,

De envolvimento e, com grunhidos com dentes cerrados,

E de incompreensão,

De enlace de esperança e ilogicidade,

De um momento que ignora o futuro e o passado,

O presente devastador, destruidor, único, mágico, violento, maior,

Que transforma as lágrimas em futuro necessário e poesia,

Mas a mente, enlouquecida,

De mato ou de pó,

De álcool ou líquido,

De canto ou dança,

Não importa,

A chuva cai,

E eu vejo e ouço,

Mas não quero dizer aos corpos cobertos,

Qual a sensação da vida nua!

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