
São meus os seus olhares,
Sob o som de rock e seus acordes,
Beijos intensos como mares,
E movimentos precisos e tão concordes,
Álcool ou água, não importa mais,
Os sentidos aguçam uma força,
Que não acorrento jamais,
Ali, seu corpo tremendo,
Num movimento voraz,
Sou algoz da sua sede,
Negando um líquido,
Que em indiscreta quantidade se perfaz,
Beijo seus olhos de salgada expressão,
Lágrimas que transbordam amor,
De indescritível e incontido tesão,
Ainda rasgo a sua pele,
Com sussurros e gritos,
E arranhões na minha alma,
Deixam de ser conflitos,
Somos um só na pele manchada,
Pelo atrito que não se acalma,
Ofegante,
Gritante,
Gigante,
Bastante,
Explodindo na sua carne,
Com ardor e alarde,
Rompendo mundos sem ser covarde!